Monsyerrá Batista, o indígena poeta e artista plástico da Serra do Cipó - Minas Gerais. Monsyerrá Batista, the indigenous poet and artist from Serra do Cipó - Minas Gerais.

 Monsyerrá Batista, o indígena poeta e artista plástico da Serra do Cipó - Minas Gerais

Enviada por Monsyerrá
Monsyerrá Batista é um indígena BorumKrenak auto reconhecido, livre pensador, ambientalista, compositor, poeta premiado nacionalmente e internacionalmente, artista plástico contemporâneo. Conhecido como "o guerreiro poeta da Serra do Cipó", onde atuou mais de 20 anos no ecoturismo.

Começou seu ativismo cultural e ambiental em Belo Horizonte, participando do movimento de criação do Parque Ecológico Lagoa do Nado e do Projeto Arena da Cultura, primeiro projeto de descentralização cultural do Brasil que promoveu eventos de inclusão com shows de grandes artistas mineiros nas comunidades periféricas, promovendo intercâmbio e revelando diversos talentos das artes plásticas, literatura e bandas como Tambolêle, Berimbrow, Celso Moretti, Sérgio Pererê e o próprio Monsyerrá Batista.

Com o intuito de levar arte e cultura para seu povo, foi para a Serra do Cipó, tornou-se líder comunitário, guia de ecoturismo e fundou a primeira agência de ecoturismo nativa local. Junto com o líder indígena Ailton Krenak, organizou o terceiro Festival de Cultura e Dança Indígena TARÚ ANDEK!, evento multiétnico que contou com a presença e a cobertura cinematográfica dos artistas Ângelo Antônio e Letícia Sabatela, fotógrafos nacionais e internacionais e também do candidato a governador à época Aécio Neves.

Monsyerrá criou os roteiros para o documentário DIVERSITY OF SERRA DO CIPÓ, produzido pela agência GoMartins sobre a Serra do Cipó para o canal NatGeo. Também foi um dos convidados do programa MINAS DAS GERAIS, da apresentadora Roberta Zampetti, falando sobre Sustentabilidade.

Na pandemia, interrompeu as atividades do turismo e se dedicou às artes visuais ao lado da artista e liderança indígena Ana Kariri. No ativismo, defenderam pautas do movimento indígena e representaram a arte contemporânea indígena em diversas e importantes exposições de arte no Brasil e no exterior pela Galeria AVA. Em 2021, foram destaques na Expo Amazônia 2021 em São Paulo, M'Bay de Embu das Artes, galeria Bhering e vários outros eventos de cultura no Rio de Janeiro e Baixada fluminense.

Em 2021, participou do projeto ALIMENTOS E MEMÓRIA e, junto com mais quatro artistas, pintou o maior mural ao ar livre do Rio de Janeiro, com 293 m², resgatando costumes, memória e gastronomia local em Pedra do Guaratiba, RJ.

Sua atuação também se estende à literatura, sendo membro efetivo da Academia Formiguense de Letras (AFL) e membro benemérito da Academia Inclusiva de Autores Brasilienses (AIAB), primeira academia com autores braile do Brasil.

Em 2022, foi reconhecido como poeta e escritor, sendo condecorado com o Prêmio Minas Gerais de Saberes pela Academia de Artes de Ouro Preto e a Editora Viverarte! No ano seguinte, foi PERSONALIDADE DO ANO pela editora Mágico de Oz com solenidade de premiação em Portugal. Em 2023, tornou-se membro e Embaixador da Paz pelo Círculo Universal de Embaixadores da Paz (França-Suíça) pelos relevantes serviços prestados no ativismo étnico, a literatura, ambientalismo e artes visuais.

O protagonismo de Monsyerrá Batista nos mostra que é tempo de respeitar e valorizar os povos originários! Além de defenderem nossos biomas, estão sábios e atuantes em todos os setores da sociedade.




Por Zenaide dos Santos SA, jornalista colunista

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